Catarinense com quarto melhor tempo do mundo nos 400m
celebra competições de atletismo entre jovens no CT Paralímpico
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| Competições no CPB/ Foto CPB |
Para
participar, o atleta precisa ter pelo menos 14 anos e estar filiado a um
clube/associação esportiva.
O
catarinense José Alexandre da Costa, 18, que compete na classe T47 (para
amputados de braço) é um dos destaques do Brasileiro sub-20 com o quarto melhor
tempo do mundo nos 400m em sua classe ao correr a prova em 49s87 em maio deste
ano. Na competição na capital paulista, ele participará dos 100m e dos 400m,
provas em que Petrúcio Ferreira é medalhista paralímpico.
“Achei
essa iniciativa do Brasileiro para jovens muito boa. Muitos atletas não têm
índice para participar do Circuito e do Brasileiro adulto, então treinam muito
e competem pouco, ficam só com as Paralimpíadas Escolares. É importante termos
competições por idade, dá mais oportunidade para que a gente se destaque”,
avaliou o corredor.
O
jovem já participou de grandes competições para sua faixa etária como as
Paralimpíadas Escolares e a Gymnasiade, o Mundial Escolar. Além disso,
Alexandre já está inserido no Circuito Paralímpico e no Campeonato Brasileiro
de atletismo, ambos organizados pelo CPB.
José
Alexandre tem má-formação congênita no braço esquerdo (abaixo do cotovelo).
Antes de descobrir a gestação, que era de gêmeos, sua mãe realizou um esforço
indevido que resultou na perda do segundo feto. A placenta de seu irmão impediu
a formação adequada do braço de José Alexandre.
Todas
as marcas obtidas no Campeonato Brasileiro serão validadas para o ranking nacional
de atletismo. Além disso, será uma oportunidade para a comissão técnica do CPB
observar os jovens atletas visando a composição de Seleções para competições
futuras.
Antes
de disputar o Brasileiro sub-20, o velocista participará o Desafio CPB/CBAt, na manhã desta quinta, também no CT
Paralímpico. Nesta competição,
ele competirá com os medalhistas paralímpicos Washington Júnior e Thomaz
Ruan.
“A
classe T47 no Brasil é muito forte e isso é muito bom porque te obriga a
treinar muito, muito mesmo. Competir com medalhistas paralímpicos e mundiais
aqui no Brasil me força a correr melhor, mesmo sendo tão novo. Quero evoluir
cada vez mais para um dia chegar aonde eles chegaram e representar tão bem o
nosso país como eles”, completou.
Ao
todo, estão inscritos 65 atletas paralímpicos neste evento que tem a finalidade
de difundir e desenvolver a prática da modalidade entre atletas brasileiros com
e sem deficiência. Dirigido e organizado pela Confederação Brasileira de
Atletismo (CBAt) e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o evento será
dividido em sete etapas durante todo o ano de 2022.

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