Conexão Paralímpica termina com
recordes nacionais
e aprovação entre participantes em
João Pessoa
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| Conexão paralímpica terminou neste sábado/ Foto: CPB |
Esta foi a primeira edição do evento, uma
idealização e realização do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio da
Diretoria de Desenvolvimento Esportivo. O Conexão Paralímpica contou com
disputas de atletismo, badminton, bocha, judô, natação, tênis de mesa, tiro com
arco e tiro esportivo.
“O Conexão Paralímpica foi um sucesso. Conseguimos
integrar mais de 500 atletas, de todos os lugares do Brasil. Foi muito bom
saber que o CPB pode proporcionar cada vez mais competições de grande qualidade
para os atletas de todo país. O formato desta primeira edição ficou excelente”,
celebrou Yohansson Nascimento, vice-presidente do CPB e campeão paralímpico nos
Jogos de Londres 2012 e dono de seis medalhas paralímpicas no atletismo, que
prestigiou os três dias de evento na capital paraibana.
O último dia de competição, este sábado, 15, foi
marcado por dois novos recordes nacionais. Wanna Helena Brito, da classe F32
(para atletas com lesões encefálicas que causam movimentos involuntários e
descoordenados que competem sentados), estabeleceu dois recordes brasileiros:
no lançamento de club (25,89 m) e no arremesso de peso (6,68 m). A marca
alcançada nesta última lhe renderia a primeira posição do ranking mundial
deste ano, já que a atual líder Noura Alktebi, dos Emirados Árabes, lidera com
6,11 m. Porém, a marca da brasileira não será homologada para o ranking mundial
devido a ausência de classificação esportiva internacional. A jovem macapaense
de 26 anos representou Universidade Madre Tereza, do Amapá, nas Paralimpíadas
Universitárias.
A quinta edição das Paralimpíadas Universitárias
contou com a participação de 329 atletas, de 144 instituições de ensino de 23
estados e o Distrito Federal. Atletas matriculados em graduação, pós-graduação,
mestrado e/ou doutorado em instituições reconhecidas pelo Ministério da
Educação (MEC) puderam participar da competição.
Bruna Alves, da classe F34, faz mestrado em
Relações Internacionais na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e celebrou a
realização do evento. “Achei maravilhoso o Conexão Paralímpica. Estava há três
anos parada e poder voltar nesse ambiente com três competições ao mesmo tempo,
neste clima amistoso foi ótimo. Todos estão competindo, mas cada um torce pelo
melhor resultado do outro. Eu adorei essa iniciativa do CPB de integrar as
competições”, contou a atleta.
Já a ex-nadadora e medalhista paralímpica Verônica
Almeida participa das Paralimpíadas Universitárias como técnica dos atletas
Alan Gomes e Vando Eloy Andrade, ambos da natação, celebrou a quantidade de
inscritos em um evento no Nordeste.
“Achei uma vivência maravilhosa, pois conseguimos
unir os mais novos do Intercentos com os militares e os universitários, que
concentra os atletas que já possuem um pouco de experiência. É um misto de
energias dos mais novos e dos mais velhos. Sou suspeita para falar do Nordeste,
mas achei super válido trazer a competição para cá, e ver a quantidade de
pessoas inscritas reforça que o pessoal está disposto a competir,
independentemente do local, da distância, foi ótimo”, relatou Verônica Almeida,
medalhista de bronze nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008 nos 50m borboleta
S7.
O Intercentros fez sua estreia no calendário
esportivo nacional e contou com a participação de 121 atletas, de 11 estados
que possuem os Centros de Referência do CPB. Para o coordenador do Centro de
Referência de Salvador (BA), Virgílio Leiro, a competição trouxe uma
experiência à parte.
“Essa primeira experiência de encontro dos Centros
de Referência é muito significativa e diria até histórica. Temos a oportunidade
de conversar com outros coordenadores, conhecer outros atletas, e isso é muito
bom. Parabéns ao CPB por esta iniciativa”, contou.
Gabriel Pires, nadador do Centro de Referência de
Presidente Prudente (SP) da classe S7 conquistou quatro medalhas de ouro, nos
50m, 100m e 400m livre e 100m costas. “Gostei muito de participar desta
competição, melhorei todos os meus tempos, foi a minha primeira vez no Nordeste
e nesta competição”, relatou o atleta.
Outra competição que teve sua estreia na capital
paraibana foram as Paralimpíadas Militares, que contou com cerca de 50
participantes em disputas de atletismo, natação, tiro com arco e tiro
esportivo. Esta foi a primeira competição idealizada e organizada pelo CPB para
militares e agentes de segurança pública civis com deficiência física e visual,
das Forças e Instituições de todo o território nacional.
O primeiro Sargento do Exército Brasileiro Emerson
Silva conquistou a medalha de ouro na carabina SH2 no tiro esportivo. Para ele,
o sentimento é de dever cumprido. “A energia entre os atletas é incrível, eu
diria que os atletas com deficiência se sentem valorizados, acolhidos e
reconhecem o valoroso trabalho realizado pelo CPB. Neste evento apesar de estar
sofrendo com crises de labirintite, consegui conquistar medalha de ouro. Volto
para Campo Grande (MS) com a sensação do dever cumprido”, relatou o Sargento.
Premiações
A Diretoria de Desenvolvimento Esportivo do CPB
divulgará nos próximos dias a pontuação, resultado, geral de cada uma das
competições (Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e
Intercentros).

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