Campeã mundial retorna às piscinas após 4 meses
no
Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Vitória
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| Atleta voltou a competir neste sábado/ Foto: CPB |
Vitória foi a segunda sede no Sudeste da competição
organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), após a realização da etapa
em Belo Horizonte (MG), no último dia 8. As provas de natação foram realizadas
no Clube de Natação e Regatas Álvares Cabral. O evento, que também contou com
disputas de atletismo na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), reuniu
cerca de 50 atletas.
"Fiquei emocionada de ver tudo arrumado aqui,
nunca tinha visto as piscinas aqui desse jeito. Então, me senti muito acolhida
e muito à vontade de nadar. E abre muitas portas para os atletas da
região", afirmou Mariana, que treina diariamente no próprio clube Álvares
Cabral.
A atleta nascida em Itaboraí (RJ), por ainda estar
em um processo de recuperação física, optou por participar apenas de uma prova
na etapa capixaba. Nadou os 50 m livre em 41s70.
"Voltei do mundial com objetivo de cuidar do
meu ombro e zerar as minhas lesões. Temos muitas competições no ano que vem e
precisamos pensar com muito cuidado e cautela para este ciclo para aguentar até
o final. Não iria participar da competição, mas vi todo mundo aqui e optei por
ter essa adrenalina de prova de novo. É preciso virar a chave e entrar nesse
ritmo de competição", apontou a atleta que nasceu com Síndrome de
Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a
coordenação e equilíbrio.
Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no ano passado,
conquistou a medalha de bronze nos 100 m livre pela classe S9 (atletas com
limitações físico-motoras), com o tempo de 1m01s82. Já no Mundial da Ilha da
Madeira 2022, foi campeã em duas provas (50 m, com o tempo de 28s18, e 100 m livre)
e outro bronze nos 100 m costas.
Depois do retorno às piscinas, Mariana afirmou que
vai continuar em ritmo de treino até dezembro, quando pretende competir no
Meeting Paralímpico Loterias Caixa de São Paulo, no Centro de Treinamento
Paralímpico, entre outras disputas regionais.
"O CPB dá oportunidades [aos atletas] de
estarem em outras etapas. O Meeting é uma oportunidade para estarmos sempre
competindo, e em casa é mais legal ainda", completou.
Neste ano, o Meeting já passou por Campo Grande
(MS), Macapá (AP), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE),
Aracaju (SE), Brasília (DF), Goiânia (GO) e Belo Horizonte (MG).
O Meeting Paralímpico é idealizado e organizado
pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos
tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005 pelo
Comitê. Há provas de atletismo, natação e halterofilismo. Cada cidade sedia,
pelo menos, disputas de uma dessas modalidades.
Os objetivos do Meeting são desenvolver a prática esportiva para pessoas com deficiência em todas as regiões do país, contribuir para o aprimoramento técnico dos competidores e propiciar oportunidades de competição aos atletas de elite e jovens promessas do paradesporto em todo o Brasil.

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