Halterofilista
Mariana D’Andrea supera recorde paralímpico
no Meeting
Loterias Caixa de SP
A halterofilista paulista Mariana
D’Andrea, 24, levantou 141 kg durante o Meeting Paralímpico Loterias Caixa de
São Paulo, na última quinta-feira, 1º, no Centro de Treinamento Paralímpico, na
capital paulista. Ao todo, 989 atletas se inscreveram para as três modalidades.
Mariana D’Andrea, 24, levantou 141 kg/ Foto: CPB
A marca de Mariana é superior ao recorde paralímpico, na categoria até 73 kg, da francesa Souhad Ghazouani, que suportou 140 kg nos Jogos do Rio 2016. O peso levantado pela paulista, no entanto, só seria considerado a melhor marca paralímpica se fosse suportado em alguma edição dos Jogos.
Além disso, o resultado também não entrará nos rankings continental e mundial, pois as marcas feitas nos Meetings não são validadas internacionalmente porque a competição não atende a algumas exigências do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês), como a presença de árbitros internacionais nas provas. O resultado será chancelado como recorde brasileiro, que já pertencia à própria halterofilista. No último mês de julho, ela levantara 140 kg no Open das Américas, disputado nos EUA.
Campeã paralímpica e vice-campeã mundial na categoria até 73 kg, Mariana teve suas três tentativas válidas no Meeting. Na primeira, ela suportou 130 kg, depois, ela levantou 135 kg, até chegar aos 141 kg. A prova foi transmitida, ao vivo, pelo Facebook e YouTube do CPB.
Essa foi a última competição da atleta antes da Copa do Mundo de halterofilismo paralímpico, que será disputada entre os dias 15 e 18 de dezembro, em Dubai. Além dela, mais 17 brasileiros foram convocados para o torneio. “Sempre busco evoluir a cada disputa e tenho conseguido. Em julho, levantei 140 kg. Agora, cheguei aos 141 kg. Isso me dá confiança para a Copa do Mundo. Tenho certeza que darei o meu melhor lá em Dubai. Espero fechar o ano com chave de ouro e estou preparada para isso”, disse a paulista.
Na natação, destaque para a pernambucana Carol Santiago, 37, que nadou os 100 m peito em 1min16s61, melhorando o tempo feito no Meeting de Porto Alegre (1min17s09), no último dia 12 de novembro. “Estou satisfeita com o meu desempenho, mas sei que posso melhorar. Estamos treinando bastante o estilo peito, que é desafiador e empolgante porque requer muita agilidade na técnica. A minha meta é chegar ao recorde mundial", disse a nadadora campeã paralímpica e mundial, referindo-se à marca de 1min12s71 registrada pela alemã Elena Krawzow, em Berlim, no ano de 2019.
Além das disputas válidas pelo Meeting, a capital paulista ainda sediou provas do Desafio CPB de atletismo, no final de semana, e do Super Meeting de natação, apenas no último sábado.
Ambos os eventos têm o objetivo de possibilitar que os atletas licenciados e com classificação internacional obtenham marcas para o ranking mundial das respectivas modalidades. São 269 inscritos no Desafio CPB de atletismo e 62 no Super Meeting de natação.
São Paulo é a 16ª cidade brasileira a receber o Meeting neste ano. Em 2022, o evento já passou por Campo Grande (MS), Amapá (AP), Fortaleza (CE), Natal (RN), João Pessoa (PB), Recife (PE), Aracaju (SE), Brasília (DF), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).
O Meeting Paralímpico é idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005 pelo Comitê. Há provas de atletismo, natação e halterofilismo. Cada cidade sedia, pelo menos, disputas de uma dessas modalidades.
Os objetivos do Meeting são desenvolver a prática esportiva para pessoas com deficiência em todas as regiões do país, contribuir para o aprimoramento técnico dos competidores e propiciar oportunidades de competição aos atletas de elite e jovens promessas do paradesporto em todo o Brasil.
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